P o e t a E s c r i t o r J. B A T I S T A

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P O E T I Z E M - S E

terça-feira, 26 de março de 2024

 ÁRVORE DA VIDA

Respire Fundo,

Reverencie A Beleza.

Abra Seu Coração

Sinta A Energia.

Aprecie A Caminhada

E Adentre Nesta Natureza,

Respeitando-a "Sempre".

                        JBatista

segunda-feira, 25 de março de 2024

 PENSAR

Penso que o mar

poderia ser menor

que o sol deveria ter

uma outra cor.


Imagino as pessoas diferentes

povos sem guerras,

sem problemas, nem discusões.


Pensar que o mundo,

ainda é redondo,

Após tantas modificações.


Pensar, que ainda estamos vivendo

Em um lugar quase sem matas,

Com rios poluídos,

Com animais em extinsão.


Pensar é preciso!

                          J.Batista

 

quinta-feira, 21 de março de 2024

                                 O VOO MAIS ALTO


                               O instinto aventureiro, muitas vezes, faz com que o homem não  tenha  limites.  E  é  graças a esse homens, que a humanidade sofreu várias mudanças. Todos aqueles  que  se  propuseram  a fazer algo fora do convencional, foram  tachados  de  loucos.  Porem,  esses  "Loucos"  trouxeram,  com seu espírito / altruísta, o  progresso  no mundo.  Para  que  as  mudanças  se  efetuem,  é  mister  que  as  pessoas tenham segurança e tranquilidade  para  tal  e  principalmente,  que  sejam  felizes.  A  busca  da felicidade se dá através de  realizações  pessoais,  que  poderão  ser  alcançadas,  entre   outras   formas,  através  do  esporte.  Há  aqueles  que  preferem  esportes  coletivos  e  outros,  individuais.  Porém,  os  coletivos  dependem,  para  seu  sucesso,  de  todas  as  peças  que  compõem  o  conjunto.  Também, os   individuais,    necessitam  de colaboração, companheirismo, ajuda mútua.                                                                              Se é verdade que a individualidade  é  fator  importante  para  alcançar  a  felicidade,  também é verdade que ninguém é feliz sozinho. Portanto, a  chave  para  a  felicidade  é  a  colaboração  fraterna e desinteressada. O resto vem ao natural.

                             Bons voos.

                             Wilson Raul Cassina(boné)

sexta-feira, 15 de março de 2024

 


Paletó de Madeira

Ali, sentado na varanda
Com um amargo bem cevado,
O velho que já quase não anda,
Se sentia "estrupiado".

No rancho por ele cuidado
Os cavalos bem domados
As crias já tratadas
Nas lidas do dia a dia
Não se metia em galhardia

Muito cedo levantava
Sem perder a alçada
Depois de matear
E os bicharedos tratar

Uma cavalgada pra arrebanhar o gado
E alguns vender no mercado

Morava com a amada
Linda morena perfumada
Lhe ajudava nas lidas
Mas foi cedo sua partida

Faleceu, pois estava acamada
Lembrava o velho peão
Na noite lá no galpão
Ao pé do fogo de chão

Memórias dos bons tempos
Que andavam pela fazenda
Sem muito acreditar em lenda
Deitados na sombra da grande figueira
Trocavam carícias verdadeiras.

Daquele campo não sairia
Um dos filhos foi pra serraria
O outro foi pra cidade
Queria conhecer a verdade
Ser doutor de gente
Mas acabou virando tenente
No serviço militar

Poucas vezes vinha o pai visitar
Pobre velho largado 
Sozinho, abandonado
Que cumpriu sua jornada

Desta vida nada mais restava
Esperava sua hora
De se juntar ao patrão do céu
Vestir seu paletó de madeira
E dar adeus ao rancho 
De uma vida inteira.
                                  
Mas sua hora também chegou 
E o velho assim partiu
Lembranças de uma estância 
Que se apagou na memória 
Mas ficará sempre na história.

  J.Batista

terça-feira, 5 de março de 2024

 Quanto mais eu morro,

              Mais eu sinto

                       O quanto pesa ressuscitar.

                                         @escritorjbatista

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

    Doces Ervilhas 

       Nona Inez tem diversas paixões e uma delas, sem dúvidas, é a horta. 

       Não é à toa que ela tem três. Quando lhe falamos "Nona, não precisa de todo esse trabalho

    compramos as verduras  no  mercado."  Ela  diz, justificando seus costumes, que a horta também

    ensina.

       Um dia, com cinco anos, encontrei-me pensando: "Como assim a horta ensina?"; olhei para  as

    plantas  e  tentava  decifrar  nelas  algum símbolo  estranho,  mas  não  achava  nada.  Por   isso,   

    calcei minhas botinhas galochas e, sozinha, fui percorrer o mato perto de casa.

        Cuidando para não resvalar nas rochas úmidas, observava pensativa tudo ao meu redor.

        As  diferentes  espécies  de  pássaros  cantavam  uma melodia indecifrável, porém admirável. 

       O chão era repleto de folhagens diversas e perguntava-me o que elas escondiam - animais 

     menores, flores distintas  ou  as  cobras  que  eu  tanto  temia?  Meus  pensamentos  foram 

     distanciados quando perdi o equilíbrio e meus pés tocaram a água,  a  água corrente!

         Se não me segurasse bem às margens, seria levada para  longe  e, em questão de segundos, me

     perderia para sempre. Enquanto o desespero tomava conta de mim, uma luz veio ao encontro da 

     minha face e uma pedra brilhante surgia ao longe, em meio a folhagem misteriosa da mata.

.        Inspirada a agarrá-la, salvei-me da corrente de água feroz, mesmo com as pernas encharcadas, 

      corri à luz e pensei: "Ah, não! É uma pedra comum, só  brilha  por que o  sol  reflete  nela!  

          Não é mística, rara ou cheia de ensinamentos visionários!"

          Decepcionada por não ter descoberto nada, voltava para casa ouvindo o mesmo som dos 

       pássaros e sem tanto medo da folhagem.

           Desviando os pensamentos de tristeza, cheguei à conclusão de  que  a   nona também tinha 

       visto uma pedra comum iluminada pelo sol, mas achava que era mágica, por isso entrou 

       naquela ideia de que a natureza ensina.

            Saí da floresta e avistei a nona colhendo ervilhas. 

            Corri ao seu encontro para lhe contar tudo que aconteceu.

            Valentina! O que foi? Suas pernas estão molhadas e desapareceu a tarde inteira! 

            - Disse ela.  Narrei a aventura como resposta e  contei  a  decepção.

            Com um sorriso compreensivo e uma vagem aberta nas mãos,  ela  me pergunta: 

        -Quais grãos são os seus preferidos?

             - Os pequenos, os mais doces!

             - Pois é, Val, não perca a doçura da imaginação da tua época.

             - Mas nona, eu quase me perdi...

              - Um dia você aprenderá a lidar com a doçura que tem. 

             Por enquanto, 

                                 pode me ajudar a debulhar as ervilhas. Vamos?

                                                                                                                   Valentina S. Sonda

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

 SONHOS

Linda, inesquecível,

marcante sentimento bom ou ruim.

Já não sei. Pensamentos perdidos,

que não consigo entender.

Imagens aparecem,

não consigo esquecer.

Sonhos perdidos

que marcam meu viver.

Respostas não quero.

Perguntas?

Talvez. Receio morrer.

Luz serena da noite,

que abriu meu coração e penetrou

nos meus sentimentos.

Já não choro, agora sorrio,

por saber de sua existência

suportarei, amarei e calarei.

Deslizarei entre sonhos e ilusões.

Sejas feliz!!!

J.Batista